domingo, 17 de janeiro de 2010

Mantenho as mãos firmes no volante , desligada.

Após o fim  sempre  existe uma explosão
Tocando o verde leviano,
Soprando sutilmente,quase morto,
Descobrindo a  densidade
De um pouso hostil, desconfigurado.
Fazendo-se envolver com gotas amarelas
Girando em qualquer espaço.
Talvez hajam mãos cálidas
Entregando-se à beleza
De possuir algo ilusório
Em algum lugar com grandeza.
Um grito forte suspenso ,
Quase mudo , disfarçado
Nesta linha horizontal.

nota: Eu preciso dizer que muitas vezes eu uso o título  do poema para tirar o sentido real do que eu quero dizer.


(10/01/2010)
By Itanara Monroe Cobain

Kurt


Antes de postar o Poema "Kurt "  eu gostaria de explicar que eu ainda estava "in effect" , e de que tudo deu início com umas alucinações malditas e esta foto:


.


Já é amanhã .
A valsa dos olhos à meio passo
 Chega  com rápidas luzes fujonas.
É hora de dizer adeus,
Os pássaros cantam alegremente,
O planeta continua girando,
E o meu coração está limpo.
Eu preciso ,me vem quase morno,
Alegrar-me por um certo tempo
E sair do insensato de sempre
Enquadrando-me nas  linhas que te formam,
Aleatóriamente categorizando 
O meu presente.
Figurando-me nisso , naquilo,
Quem sabe desfrutando o meu "eu"
De de outroras bem vindas.



- para Kurt Cobain, com muito amor.





(14/01/2010)

By Itanara Monroe Cobain

sábado, 9 de janeiro de 2010

Tragédias

Há um céu azul disciplinado
Que o tempo insiste cristalizar
Nestas ruas sem amparo
Prolongando as criações
De um poeta sem lar.

Que o tempo não apague,
Que nenhum dos dois caminhos esqueçam.
Porém, jamais perdoem
O que fizeram contigo
Com cruel frieza.


Caía por terra
Serenas fantasias ,
Que abalaram tal poeta
Adormecido neste chão.

Resista!
Firma tuas raizes em mim.
faça da noite grande amiga,
Que tudo vê e tudo omite,
De tão longe assiste
eu implorar assim...

Aprofundei-me nestes mares
Enquanto as ondas me levavam.
Descobri entre outras dores
A tua desgraça e teu cansaço.

Erguida pelo vento
Andei nas nuvens
À procura do que faltava
Para cobrir tua face seminua.
Por fim ,
Deparei-me com a lua
E enchi tua alma com ternura.

No sagrado ou no profano,
Fiz de você, poeta,
Ressucitar alegre.

E no embalo dos dias claros
Você se foi, ressumido.
Espalhando no destino
A caricia sofrida
De encontrar-se comigo:
A paz perdida.
Neste estranho domingo.

-para o Pequeno Príncipe.

(28/12/2009)

By Itanara Monroe Cobain