Há um céu azul disciplinado
Que o tempo insiste cristalizar
Nestas ruas sem amparo
Prolongando as criações
De um poeta sem lar.
Que o tempo não apague,
Que nenhum dos dois caminhos esqueçam.
Porém, jamais perdoem
O que fizeram contigo
Com cruel frieza.
Caía por terra
Serenas fantasias ,
Que abalaram tal poeta
Adormecido neste chão.
Resista!
Firma tuas raizes em mim.
faça da noite grande amiga,
Que tudo vê e tudo omite,
De tão longe assiste
eu implorar assim...
Aprofundei-me nestes mares
Enquanto as ondas me levavam.
Descobri entre outras dores
A tua desgraça e teu cansaço.
Erguida pelo vento
Andei nas nuvens
À procura do que faltava
Para cobrir tua face seminua.
Por fim ,
Deparei-me com a lua
E enchi tua alma com ternura.
No sagrado ou no profano,
Fiz de você, poeta,
Ressucitar alegre.
E no embalo dos dias claros
Você se foi, ressumido.
Espalhando no destino
A caricia sofrida
De encontrar-se comigo:
A paz perdida.
Neste estranho domingo.
-para o Pequeno Príncipe.
(28/12/2009)
By Itanara Monroe Cobain
Muito lindo, minha querida amiga. É maravilhoso ter o prazer de ler essas coisas.
ResponderExcluirBeijos e fique com Deus
Essa passagem:
ResponderExcluir"Caía por terra
Serenas fantasias ,
Que abalaram tal poeta
Adormecido neste chão."
É uma das mais marcantes. Belo poema.
Cada dia que passa você vai fazendo um mais belo que o outro.
OIIII
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